06 maio 2007

AGIR alerta para novos cortes financeiros na UM


O Processo de Bolonha vai obrigar a mais cortes no Ensino Superior. Segundo o Movimento de estudantes da Universidade do Minho (UM) AGIR, o encerramento da Biblioteca do Instituto de Ciências Sociais (ICS) foi apenas o princípio de um processo que tem como objectivo final a “privatização do Ensino”.

“Desde o primeiro instante em que nos envolvemos na luta contra Bolonha, já sabíamos que estes cortes estavam planificados”, afirmou Marco Gaspar, do AGIR, em declarações ao ComUM. “O objectivo é tornar o Ensino Superior privado, ou seja, diminuir o tempo de licenciatura, reduzindo o orçamento do Estado”, concluiu.

Mas o ICS não é a única escola em que os cortes se têm feito sentir. Segundo Nuno Geraldes, também do AGIR, no curso de Matemática e Ciências da Computação “os professores já disseram que têm dois programas para dar: o que gostariam e aquele que o orçamento permite”. Uma escassez que afecta também o curso de Engenharia Biológica, “onde já começam a faltar reagentes”.

Estas críticas são extensíveis à Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), que é acusada de ser conivente com os cortes de investimento na academia minhota. No centro das críticas está a letargia que a AAUM tem demonstrado ao reagir aos cortes – reacções que se resumem a “protestos verbais”, ironizou Nuno Geraldes.

O AGIR é um movimento de alunos que tem o objectivo de intervir activamente na UM. O grupo, que tem um blogue na Internet, tem sido bastante crítico relativamente ao Processo de Bolonha.

Fonte: COMUM

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