O reitor da Universidade do Minho (UM), António Guimarães Rodrigues, reiterou hoje a possibilidade de a universidade não garantir cerca de 70 por cento dos encargos com o subsídio de Natal. Na apresentação do relatório de actividades da UM relativo a 2007, Guimarães Rodrigues queixou-se do aumento da contribuição da UM para a Caixa Geral de Aposentações e do não cumprimento do Governo face ao peso que devia representar no orçamento para este ano.
As contas da UM traçam um cenário negro para 2008. Imagem: UM
Se as projecções da reitoria para o orçamento de 2008 estiverem certas, cerca de 70 por cento dos docentes e funcionários não vai receber o subsídio de Natal. Porém, a fazer fé nas palavras de Guimarães Rodrigues, "o cenário pode ser pior".Quanto às causas que levaram à insustentabilidade financeira da UM até final do ano, Guimarães Rodrigues apontou o dedo à contribuição da UM para a Caixa Geral de Aposentações, que este ano foi de 11 por cento (mais 3,5 pontos percentuais que no ano anterior), facto que não foi pesado no orçamento deste ano.Além disso, o Orçamento do Estado de 2008 transferido para a UM ficou aquém do esperado: as contas apontavam para um aumento de quase 12 por cento, traduzido em 6,7 milhões de euros; porém esse aumento ficou-se pelos 2,5 por cento, ou seja, cerca de 1,5 milhões de euros. Os cinco milhões deduzidos ao orçamento da academia minhota destinaram-se ao acordo de saneamento e coesão, que garante a sustentabilidade das instituições de ensino superior públicas.A juntar a esta subtracção nas contas do orçamento entram os cerca de 4,5 milhões de euros da UM, de garantia à componente nacional dos investimentos nos edifícios em construção, em 2007.Por tudo isto, Guimarães Rodrigues alerta: "Estão a hipotecar o futuro".
14/02/2008Alberto Miguel Teixeira in http://www.comumonline.com/index.php?option=com_content&task=view&id=649&Itemid=78
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