Movimento com o objectivo de intervir activamente na Universidade do Minho. Pela defesa de um Ensino Superior Público democrático e de qualidade.
22 outubro 2008
Subiram os preços das cantinas (7.5%) e dos transportes (5.8%)!
No último dia 1 de Outubro, verificou-se um aumento de 0.15€ no preço das senhas da cantina da Universidade do Minho. Assim, neste momento, o preço das mesmas é de 2.15€, o que revela uma subida mensal de aproximadamente 6€, para um estudante que almoce e jante de segunda a sexta na universidade. Também os TUB aumentaram o preço das viagens de autocarro em 5,83%. E estes são apenas o mais recentes aumentos – este ano já fomos confrontados com a subida das propinas para 972€.
A assistência social no ensino superior foi conquistada através de muitas lutas travadas pelo movimento estudantil. Tal política visa garantir que, independentemente do rendimento familiar, todo e qualquer estudante tenha direito ao ensino. Contudo, são nos colocados obstáculos com uma regularidade surpreendente (aumento das propinas, das refeições, dos transportes): a universalização do ensino a todas as classes económico-sociais é impedida pela mesma estrutura que a devia promover.
Como tal, cerca de 2500 estudantes desistiram dos seus cursos, nos últimos dois anos, por não terem condições monetárias para pagar as propinas (o que ocorre devido ao facto de as propinas em Portugal serem superiores às da maioria dos países da UE).
Com esta evidência, seria de esperar que fossem intensificadas as políticas de assistência estudantil. No entanto, o Governo por intermédio dos SASUM continua a colocar barreiras, dificultando a democratização do acesso e a permanência no ensino superior “público”, através de uma continuada subida de preços.
Não havia dinheiro? Agora já há... para os mesmos!
Há várias décadas que o discurso é sempre o mesmo, a situação económica é difícil e o povo tem de apertar o cinto. O sistema capitalista há muito que está em crise e cada ‘novo’ modelo que os governantes americanos e europeus adoptam para ‘sair da crise’ mais não faz do que aprofundá-la. E têm sido sempre as nossas famílias trabalhadoras, nós estudantes filhos delas e nós estudantes-trabalhadores e outros sectores populares a pagar os efeitos das sucessivas crises: perdendo poder de compra, perdendo direitos sociais e laborais, e tendo cada vez menos garantia de apoio ao nosso estudo, formação, à saúde e ao emprego.
Agora estamos a assistir à explosão do neoliberalismo e dos seus dogmas: a obediência ao sacrossanto mercado, a pretensa supremacia da propriedade privada, os pretensos malefícios para a economia que seria a intervenção do Estado e dos poderes públicos.
Mas a crise virá ainda com mais violência nos próximos tempos, ela abandonará as esferas do jogo especulativo e fictício das bolsas e começará a provocar estragos à nossa volta, será mais desemprego e menos poder de compra, mais dificuldades do que aquelas que já temos.
Na universidade nos últimos anos aumentaram as propinas de forma brutal, aumentaram o preço das refeições nas cantinas, dos transportes, das fotocópias, das rendas, do gás, da água, da luz, das taxas para tudo e mais alguma coisa que nos cobram na UM, sempre acompanhadas com o discurso que estávamos em crise, que não havia dinheiro, que todos tinham de contribuir, que parte desses encargos seriam para aumentar a qualidade da universidade, que a privatização (via fundações) era o caminho. Estamos sugados até ao tutano e quando os especuladores, accionistas e outros usurpadores do dinheiro ficam sem ele devido à crónica falência do mercado de capitais, acontece o milagre!
AFINAL HÁ DINHEIRO, mas só para parasitários!
Agora utilizam os poderes estatais e os dinheiros públicos (de toda a população trabalhadora, desempregados, pensionistas, etc.) para salvar os lucros dos grandes accionistas dos bancos e seguradoras, e para estes senhores continuarem a sua 'brincadeira' de comprar e vender na bolsa. Desde a falência da Lehman Brothers, os governos dos EUA e da UE correram para serem eles (com o nosso dinheiro) a pagar os prejuízos de dezenas de bancos pelo mundo fora, enquanto o ‘filet mignon’(depósitos e agências) de alguns destes foi engordar os lucros de outros grupos.
Chegou a altura de nos questionarmos sobre a legitimidade da intervenção dos poderes públicos apenas se fazer quando se trata de salvar os lucros dos patrões, dos accionistas e do ‘bom funcionamento do mercado de capitais’! Então e quando se trata de termos acesso ao ensino público, de salvar o emprego, o nível de vida dos trabalhadores, os direitos sociais, a rede hospitalar pública e os cuidados de saúde, a dignidade das reformas, em resumo o bom funcionamento da vida em sociedade, os poderes públicos não devem ser chamados a intervir na economia?
O Governo PS/Sócrates acaba de disponibilizar 20 mil milhões de euros em garantias aos bancos, ou seja, os bancos portugueses vão emprestar dinheiro ou contrair empréstimos junto de outros bancos maiores e se algo correr mal, o que é o mais provável, não há problema! O Governo pega no nosso dinheiro, que afinal abunda, e simplesmente cobre as asneiras destes e do mercado. Ora toma!
Pela nossa parte dizemos, que basta de ‘nacionalizar’ prejuízos para salvar os lucros dos que têm feito fortunas à custa do sistema, é altura de exigir que paguem a crise com o dinheiro das fortunas pessoais que têm (e que trataram de salvar, separando-as juridicamente das empresas que agora estão falidas). É altura de reflectirmos e de pensarmos que os sectores estratégicos da economia (energia, sector financeiro, ensino e saúde) não podem mais estar sujeitos à sede de lucro dos seus donos. Para subordinar estes sectores às necessidades da população, para garantir os empregos e reforçar os serviços públicos é tempo de propor a nacionalização ou não privatização destes sectores, para que não continue a ser o povo a pagar a crise.
Está na hora de exigirmos a baixa do valor das propinas, do preço das refeições e o fim de múltiplas taxas da Universidade do Minho.
Governo ladrão, tem dinheiro para banqueiros mas não tem para a Educação.
Agora estamos a assistir à explosão do neoliberalismo e dos seus dogmas: a obediência ao sacrossanto mercado, a pretensa supremacia da propriedade privada, os pretensos malefícios para a economia que seria a intervenção do Estado e dos poderes públicos.
Mas a crise virá ainda com mais violência nos próximos tempos, ela abandonará as esferas do jogo especulativo e fictício das bolsas e começará a provocar estragos à nossa volta, será mais desemprego e menos poder de compra, mais dificuldades do que aquelas que já temos.
Na universidade nos últimos anos aumentaram as propinas de forma brutal, aumentaram o preço das refeições nas cantinas, dos transportes, das fotocópias, das rendas, do gás, da água, da luz, das taxas para tudo e mais alguma coisa que nos cobram na UM, sempre acompanhadas com o discurso que estávamos em crise, que não havia dinheiro, que todos tinham de contribuir, que parte desses encargos seriam para aumentar a qualidade da universidade, que a privatização (via fundações) era o caminho. Estamos sugados até ao tutano e quando os especuladores, accionistas e outros usurpadores do dinheiro ficam sem ele devido à crónica falência do mercado de capitais, acontece o milagre!
AFINAL HÁ DINHEIRO, mas só para parasitários!
Agora utilizam os poderes estatais e os dinheiros públicos (de toda a população trabalhadora, desempregados, pensionistas, etc.) para salvar os lucros dos grandes accionistas dos bancos e seguradoras, e para estes senhores continuarem a sua 'brincadeira' de comprar e vender na bolsa. Desde a falência da Lehman Brothers, os governos dos EUA e da UE correram para serem eles (com o nosso dinheiro) a pagar os prejuízos de dezenas de bancos pelo mundo fora, enquanto o ‘filet mignon’(depósitos e agências) de alguns destes foi engordar os lucros de outros grupos.
Chegou a altura de nos questionarmos sobre a legitimidade da intervenção dos poderes públicos apenas se fazer quando se trata de salvar os lucros dos patrões, dos accionistas e do ‘bom funcionamento do mercado de capitais’! Então e quando se trata de termos acesso ao ensino público, de salvar o emprego, o nível de vida dos trabalhadores, os direitos sociais, a rede hospitalar pública e os cuidados de saúde, a dignidade das reformas, em resumo o bom funcionamento da vida em sociedade, os poderes públicos não devem ser chamados a intervir na economia?
O Governo PS/Sócrates acaba de disponibilizar 20 mil milhões de euros em garantias aos bancos, ou seja, os bancos portugueses vão emprestar dinheiro ou contrair empréstimos junto de outros bancos maiores e se algo correr mal, o que é o mais provável, não há problema! O Governo pega no nosso dinheiro, que afinal abunda, e simplesmente cobre as asneiras destes e do mercado. Ora toma!
Pela nossa parte dizemos, que basta de ‘nacionalizar’ prejuízos para salvar os lucros dos que têm feito fortunas à custa do sistema, é altura de exigir que paguem a crise com o dinheiro das fortunas pessoais que têm (e que trataram de salvar, separando-as juridicamente das empresas que agora estão falidas). É altura de reflectirmos e de pensarmos que os sectores estratégicos da economia (energia, sector financeiro, ensino e saúde) não podem mais estar sujeitos à sede de lucro dos seus donos. Para subordinar estes sectores às necessidades da população, para garantir os empregos e reforçar os serviços públicos é tempo de propor a nacionalização ou não privatização destes sectores, para que não continue a ser o povo a pagar a crise.
Está na hora de exigirmos a baixa do valor das propinas, do preço das refeições e o fim de múltiplas taxas da Universidade do Minho.
Governo ladrão, tem dinheiro para banqueiros mas não tem para a Educação.
Tu prescreves?
Recentemente, um despacho assinado pelo reitor da Universidade do Minho vem tornar efectivo o antigo sistema de prescrições. Assim, de momento, o aluno, face ao não cumprimento de certas metas previamente definidas, será impossibilitado de frequentar o seu estabelecimento de ensino superior durante um ano lectivo, a sua matrícula ficará congelada e, ao voltar aos estudos, terá de pagar uma taxa de activação da matrícula.
Tendo em conta que, durante o seu sistemático ataque ao ensino superior público, o Governo tem realizado grandes cortes no financiamento dos estabelecimentos de ensino, o orçamento destes acaba por ficar fragilizado, já que dele é dependente, juntamente com a quantidade monetária proveniente dos pagamentos das propinas. Contudo, este orçamento do Estado depende, de forma incompreensível, do sucesso escolar dos alunos que frequentam o estabelecimento de ensino.
O Governo tenta, assim, fazer duas coisas: fingir combater o insucesso escolar, manipulando as estatísticas e não atacando a sua verdadeira origem, e pressionar ainda mais os alunos até à exaustão, não permitindo que a sua experiência no ensino superior seja plena num sem número de actividades extra-curriculares, que são um complemento essencial da sua realização pessoal (como exemplos, apontamos o activismo, a música, o teatro).
Por outro lado este insucesso escolar é indissociável das próprias condições periclitantes do ensino em Portugal, com um dos ratios mais baixos da união europeia de professor por aluno, falta de condições pedagógicas, não existência de materiais, propinas muito altas e uma população cada vez mais empobrecida.
Não podemos tolerar que o ensino seja tratado como uma engrenagem numa máquina de produção de mão-de-obra barata e formatada sem que haja espaço para que nos possamos cultivar enquanto indivíduos.
O ensino deve ser um espaço de aprendizagem não apenas de conteúdos académicos, mas também de experiências de vida em si, num espaço de criação e de uma cultura de espírito crítico que se desenvolve no meio circundante. Não deve ser nunca reduzido à obtenção de créditos.
É necessária uma escola superior diferente.
Podes consultar aqui o regulamento de prescrições da UM.
Tendo em conta que, durante o seu sistemático ataque ao ensino superior público, o Governo tem realizado grandes cortes no financiamento dos estabelecimentos de ensino, o orçamento destes acaba por ficar fragilizado, já que dele é dependente, juntamente com a quantidade monetária proveniente dos pagamentos das propinas. Contudo, este orçamento do Estado depende, de forma incompreensível, do sucesso escolar dos alunos que frequentam o estabelecimento de ensino.
O Governo tenta, assim, fazer duas coisas: fingir combater o insucesso escolar, manipulando as estatísticas e não atacando a sua verdadeira origem, e pressionar ainda mais os alunos até à exaustão, não permitindo que a sua experiência no ensino superior seja plena num sem número de actividades extra-curriculares, que são um complemento essencial da sua realização pessoal (como exemplos, apontamos o activismo, a música, o teatro).
Por outro lado este insucesso escolar é indissociável das próprias condições periclitantes do ensino em Portugal, com um dos ratios mais baixos da união europeia de professor por aluno, falta de condições pedagógicas, não existência de materiais, propinas muito altas e uma população cada vez mais empobrecida.
Não podemos tolerar que o ensino seja tratado como uma engrenagem numa máquina de produção de mão-de-obra barata e formatada sem que haja espaço para que nos possamos cultivar enquanto indivíduos.
O ensino deve ser um espaço de aprendizagem não apenas de conteúdos académicos, mas também de experiências de vida em si, num espaço de criação e de uma cultura de espírito crítico que se desenvolve no meio circundante. Não deve ser nunca reduzido à obtenção de créditos.
É necessária uma escola superior diferente.
Podes consultar aqui o regulamento de prescrições da UM.
20 outubro 2008
Porquê ser feminista?
Não é defeito, não é capricho, não é vaidade. Ser feminista não é uma fantasia ou coisa de mulher frustrada. É-se feminista porque é premente erradicar os resquícios patriarcais que fortalecem a hegemonia do falo e são a base da exploração das mulheres. É-se feminista porque a igualdade de género continua a ser um ideal. Nunca haverá uma sociedade justa, equitativa e inclusiva sem igualdade de género!
Ser feminista faz parte da construção humana e social!
Num tempo em que muitos o consideram obsoleto e outros vislumbram a sua acelerada expiração, saiba-se que o feminismo está ainda numa fase muito incipiente do seu trilho. Contam-se três ou mais gerações de militância feminista, mas a igualdade de género adquire contornos muito ténues nas sociedades actuais, independentemente do seu estádio de desenvolvimento.
Em todos os lugares deste planeta, as mulheres são discriminadas e exploradas no trabalho: auferem salários menores, são mais afectadas pelo desemprego, escasseiam nos lugares de decisão e têm empregos mais instáveis. Esta realidade é bem espelhada nos últimos dados estatísticos fornecidos pela EU, que mostram a "persistência de um diferencial entre as taxas de emprego, incluindo entre os jovens, e nomeadamente se tivermos em conta a maior taxa de sucesso escolar e universitário das jovens"
Como se explica que as mulheres, estando em maioria nas universidades, estejam sub-representadas nas associações de estudantes?
Importa, por isso, pensar o feminismo e as suas potencialidades, incrementando esforços na desmistificação do seu conceito e no apelo à participação masculina. Secundando Betty Friedan, o feminismo "não foi um mau gracejo" e nunca o será! Surgiu - por mãos de mulheres, mas também de homens - e pugna arduamente pela concessão e efectivação de direitos e oportunidades entre os géneros.
E não se enganem: o feminismo não é coisa de mulher, nem tão pouco uma forma de as masculinizar!
Contra ventos e marés, o feminismo expande-se, revigora-se e assume-se na contemporaneidade até que a última limalha do patriarcado seja dizimada, terminantemente!
Ser feminista faz parte da construção humana e social!
Num tempo em que muitos o consideram obsoleto e outros vislumbram a sua acelerada expiração, saiba-se que o feminismo está ainda numa fase muito incipiente do seu trilho. Contam-se três ou mais gerações de militância feminista, mas a igualdade de género adquire contornos muito ténues nas sociedades actuais, independentemente do seu estádio de desenvolvimento.
Em todos os lugares deste planeta, as mulheres são discriminadas e exploradas no trabalho: auferem salários menores, são mais afectadas pelo desemprego, escasseiam nos lugares de decisão e têm empregos mais instáveis. Esta realidade é bem espelhada nos últimos dados estatísticos fornecidos pela EU, que mostram a "persistência de um diferencial entre as taxas de emprego, incluindo entre os jovens, e nomeadamente se tivermos em conta a maior taxa de sucesso escolar e universitário das jovens"
Como se explica que as mulheres, estando em maioria nas universidades, estejam sub-representadas nas associações de estudantes?
Importa, por isso, pensar o feminismo e as suas potencialidades, incrementando esforços na desmistificação do seu conceito e no apelo à participação masculina. Secundando Betty Friedan, o feminismo "não foi um mau gracejo" e nunca o será! Surgiu - por mãos de mulheres, mas também de homens - e pugna arduamente pela concessão e efectivação de direitos e oportunidades entre os géneros.
E não se enganem: o feminismo não é coisa de mulher, nem tão pouco uma forma de as masculinizar!
Contra ventos e marés, o feminismo expande-se, revigora-se e assume-se na contemporaneidade até que a última limalha do patriarcado seja dizimada, terminantemente!
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