Movimento com o objectivo de intervir activamente na Universidade do Minho. Pela defesa de um Ensino Superior Público democrático e de qualidade.
04 dezembro 2009
Eleições para os órgãos da AAUM
10 novembro 2009
Marcha Pelo Ensino Superior - 17 Novembro
A Manifestação surge pela urgente necessidade de mais financiamento para o Ensino Superior e pelo reforço da Acção Social.
Cada dia que passa aumentam as reivindicações dos estudantes em todo mundo. Desde de Bolonha ao RJIES, a passar pelas Propinas, Acção Social e os sucessivos cortes orçamentais, os estudantes estão cada vez mais descontentes com o rumo que o Ensino está a tomar.
Em Portugal, a Acção Social é mais uma vez tema de noticias. Face a crise económica e social sentida em todo o mundo, cada vez mais estudantes têm de recorrer a este apoio para poder continuar os seus estudos.
É urgente um intervenção activa por parte do Governo Português, mas não pode ser a sua desresponsabilização, como acontece actualmente com o incentivo aos empréstimos bancários e a "empregos" precários dentro das Instituições de Ensino. Estas medidas não são a solução.
O endividamento dos estudantes aumenta em paralelo com as dificuldades de empregabilidade.
Junta-te a esta luta, por um Ensino Superior público, universal, gratuito e democrático!
25 outubro 2009
16 outubro 2009
14 outubro 2009
Comunicado à imprensa sobre a investigação do Tribunal de Contas às finanças da UM
Vieram a público recentemente noticias sobre um relatório do Tribunal de Contas sobre as finanças da Universidade do Minho que revelou inúmeras irregularidades.
A politica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é a de cortar cada vez mais no Orçamento de Estado para o Ensino Euperior para intencionalmente criar necessidades de financiamento que permitam abrir o ensino à privatização.
O AGIR, como grupo de alunos preocupado com o presente e o futuro da Universidade do Minho denuncia esta situação tendo em conta os graves problemas financeiros da instituição e as suas consequências para a vida da comunidade académica.
Durante esta semana levamos a cabo uma campanha de denuncia perante comunidade académica desta situação, visto que os representantes dos estudantes, os poderes estabelecidos na universidade e o Governo não o fazem.
Esperamos ainda que estes acontecimentos tenham consequências reais, responsabilizando os seus autores, exigimos também que a Reitora, o Conselho Geral, a AAUM e o Governo se pronunciem publicamente e assumam uma posição clara sobre este assunto.
Movimento Agir (Agrupamento de Intervenção e Resposta)
19 setembro 2009
UM presenteia clube de ricos com dinheiro público
19 maio 2009
Tomada de posse dos membros externos do conselho geral da UM
O Conselho Geral é mais um passo para a privatização do ensino superior, que vem no seguimento da implementação do RJIES. Este novo órgão vem retirar representatividade aos estudantes em prol de membros externos que, como o nome indica, não pertencem à universidade e cujos únicos interesses no contexto da universidade são os seus e dos sectores que representam. No Conselho Geral, os elementos externos têm maior representatividade que os estudantes e pessoal não docente juntos.
João Salgueiro é um dos membros externos, todos eleitos por unanimidade. E ele, que representa o sector responsável pela maior crise financeira dos últimos 80 anos, é posto a gerir uma universidade pública. Não queremos que João Salgueiro traga a gestão que levou a banca à falência para a nossa universidade. Não queremos também o departamento de informática a trabalhar para as empresas de António Pacheco Murta. A crise internacional é a prova de que o sector privado apenas procura o lucro, sem olhar a meios para atingir os seus fins.
Nos últimos anos temos nos deparado com uma redução violenta do financiamento do ensino superior por parte dos sucessivos governos, para hoje ser dito que o sector público não sabe gerir o ensino superior e, portanto, deve ser entregue a privados. Não se pode gerir bem sem meios. As propinas surgiram através da mentira de uma melhoria de qualidade no ensino superior. Hoje vemos as propinas a pagar o funcionamento das universidades, o que suporta a demarcação do governo no financiamento destas.
Queremos um ensino democrático, público, gratuito e de qualidade e não universidades subjugadas a interesses privados.
12 maio 2009
Comunicado sobre intimidação a alunos da Universidade do Minho
19 fevereiro 2009
15 fevereiro 2009
Quantos meses tem o ano na Uminho?
Mas o relatório de actividades da UM diz-nos mais, as propinas (apenas das licenciaturas) já perfazem 11% das receitas gerais da Universidade, sendo usadas não para melhoria e investimento da qualidade, como justificavam no passado os governos do centrão, mas para despesa corrente. Quanto à busca por receitas próprias (para além das propinas), que tem sido a bandeira liberalizante sempre defendida por Mariano Gago, é certo que apenas constituem cerca de 6% das receitas gerais mas mais significativo é observar que apenas a Escola de Engenharia é responsável por cerca de 50% dessa verba. Perante a impossibilidade de subirem as propinas (veremos até quando) não é difícil imaginar a necessidade de hierarquização de cursos, entre rentáveis e não rentáveis, por parte das universidades. É a lei do mais forte, sobrevivem os melhores, ou seja, os que rendem mais.
Sendo certos os números e a sua análise são questionáveis os moldes das reclamações da Reitoria da UM e despertam questões importantes. Centrar as reivindicações unicamente no plano da injusta repartição entre as instituições do país, salientando a dotação extraordinária para aquelas que cederam no plano da passagem a fundação (ex: ISCTE - 23%) em prejuízo das restantes e na defesa da manutenção dos factores de qualidade para o calculo orçamental é um movimento que pouco altera a relação de forças, acabando antes por fazer o jogo do Governo de lançar a competição e disputa entre as instituições. Diz a Reitoria que “A dimensão deste problema, e as suas implicações, ultrapassam a Universidade, e são de âmbito político, nomeadamente da política de desenvolvimento” o que é inteiramente correcto, o problema é o projecto neoliberal abraçado pelo partido socialista que mergulha o Ensino Superior no maior dos seus fossos financeiros, com o pretexto que o financiamento público é facilitador e dado a esbanjamento, atrasando a modernização das instituições que precisam de ser dinâmicas, empreendedoras e competitivas, o que na tradução neoliberal significa ir ao mercado buscar dinheiro. Curiosos tempos para se defender tal visão.
A resposta ao problema, por sua vez, apenas pode passar por um movimento, de âmbito nacional, capaz de reunir forças que contraponham resistências e alternativas a esse projecto a partir de eixos de lutas centrais e agregadores. O financiamento poderá ser um deles. A tarefa não é fácil, primeiro porque o processo vai já avançado, o RJIES foi aplicado com ténue resistência, legitimando organicamente os novos órgãos de gestão pouco democráticos e que abrem as portas das universidades aos banqueiros e empresários, Bolonha, apesar de todas as trapalhadas na sua aplicação, veio para ficar. Por outro lado o campo de resistência é marcado por eternas indefinições, o CRUP (Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas) tem sido a voz mais crítica mas hesitante no que toca a reais acções de protesto, das associações académicas, para já as únicas capazes de coordenar acções de nível nacional, pouco se pode esperar, presas na sua maioria às lógicas clientelistas e à pouca ou nenhuma vontade de envolver os estudantes.
A solução passa pois por construir um trabalho de base, a partir dos colectivos e agrupamentos de alunos em ligação com professores e funcionários, que centre a sua acção nos problemas do dia-a-dia mas que vá mais além, que perceba que as próprias universidades são campos contraditórios e não homogéneos neste embate, e aproveitar, onde for possível, os processos de eleições para os novos órgãos para congregar aqueles que se revêm na defesa de um ensino publico, democrático e para todos.