Foi denunciado pelo Tribunal de Contas (TC) que a UM tem participação em 17 sociedades comerciais onde a instituição tem acumulado perdas financeiras consecutivas sem que isso seja reflectido nos seus documentos contabilísticos (apenas reflecte 13 na contabilidade não revelando todos os custos destas presenças).
O TC censura especialmente a UM pela entrada no capital social de uma sociedade anónima de capitais de risco que junta os maiores grupos económicos de Braga numa sociedade anónima de capital composta pela Alminho, Bmcar/TLCI, Carclasse/Bragaparques e grupos de construção civil como Britalar, DST e ABB.
O TC sublinha também que a entrada nestas sociedades anónimas constitui uma violação da lei que para além de não dar qualquer tipo de receitas à instituição, aprofunda ainda o défice já existente. Lembremo-nos que foi por causa deste défice que a UM fechou por 15 dias durante o período natalício, privando os alunos do acesso às instalações.
A desculpa dada para todo este lodaçal é atribuição à UM da missão de dedicar atenção à região onde se insere, contribuindo para o desenvolvimento social e económico e para o conhecimento, defesa e divulgação do seu património cultural. Esta mentira pegada serve apenas para desculpar a forma ilegal como os corpos de gestão da UM aplicam o já insuficiente dinheiro público que lhes é atribuído pelo estado em sociedades privadas algumas delas envolvidas em vários casos de corrupção.
Esta é a prova provada do que acontece quando se tem uma política de introdução de interesses privados nas instituições de ensino superior público. Enquanto vemos o enriquecimento de alguns empresários devido a este tipo de esquemas vemos por outro lado milhares de alunos a abandonar a universidade por falta de dinheiro para as suas necessidades básicas.
E nós pagamos propinas...
As contas destas negociatas:
Prejuízos entre 2005 e 2007:
Operacionais € 913.891
Financeiros € 1.025.424
Correntes € 1.669.430
Líquidos € 628.261
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