O Conselho Geral é mais um passo para a privatização do ensino superior, que vem no seguimento da implementação do RJIES. Este novo órgão vem retirar representatividade aos estudantes em prol de membros externos que, como o nome indica, não pertencem à universidade e cujos únicos interesses no contexto da universidade são os seus e dos sectores que representam. No Conselho Geral, os elementos externos têm maior representatividade que os estudantes e pessoal não docente juntos.
João Salgueiro é um dos membros externos, todos eleitos por unanimidade. E ele, que representa o sector responsável pela maior crise financeira dos últimos 80 anos, é posto a gerir uma universidade pública. Não queremos que João Salgueiro traga a gestão que levou a banca à falência para a nossa universidade. Não queremos também o departamento de informática a trabalhar para as empresas de António Pacheco Murta. A crise internacional é a prova de que o sector privado apenas procura o lucro, sem olhar a meios para atingir os seus fins.
Nos últimos anos temos nos deparado com uma redução violenta do financiamento do ensino superior por parte dos sucessivos governos, para hoje ser dito que o sector público não sabe gerir o ensino superior e, portanto, deve ser entregue a privados. Não se pode gerir bem sem meios. As propinas surgiram através da mentira de uma melhoria de qualidade no ensino superior. Hoje vemos as propinas a pagar o funcionamento das universidades, o que suporta a demarcação do governo no financiamento destas.
Queremos um ensino democrático, público, gratuito e de qualidade e não universidades subjugadas a interesses privados.
1 comentário:
Há que estar atento às decisões do conselho geral, de acordo. É nosso direito e obrigação como membros da comunidade UM e como alunos. No entanto há que lembrar que o conselho geral é um órgão de governo e não de gestão. Para gerir haverá o conselho de gestão. E os externos são 6 elementos (em 23) que se desconhecem entre si, duvido do peso que possam ter como grupo.
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