O movimento de estudantes da Universidade do Minho (UM) AGIR condenou, em comunicado divulgado hoje, os cortes no financiamento do Ensino Superior previstos pela proposta de Orçamento de Estado para 2007.
“Temos prevenido para a existência de uma agenda oculta [no processo de Bolonha]”, sublinha Adriano Campos, estudante de Sociologia, que acusa o governo português de “querer vender” aos alunos “o mito da mobilidade europeia”, quando na realidade “o que existe são cada vez mais cortes no Ensino Superior”. “Esta nossa visão veio a ser comprovadas com a proposta de Orçamento de Estado para 2007”, assegura.
Os estudantes do AGIR alertam ainda para as consequências que os cortes orçamentais podem ter no dia-a-dia das universidades: “As escolas correm o risco de não ter condições paras pagar a docentes e funcionários”.
“Há mais de um ano que o AGIR vem alertando a comunidade académica para as consequências de Bolonha”, destaca Adriano Campos, um dos activistas do AGIR, em declarações ao ComUM. Adverte também que o aumento de carga horária que Bolonha prevê torna-se “impossível para os trabalhadores-estudantes frequentaram a universidade”.
Por outro lado, o movimento AGIR acusa o governo de promover “uma elitização do ensino” com Bolonha, ao mesmo tempo que se “desacredita o Estado” como formador: “Os alunos que saiam apenas com o primeiro ciclo não terão as mesmas competências e isso vai criar insegurança e precariedade no trabalho”, enfatiza Pedro Machado, estudante de Matemática e Ciência da Computação.
Notícia retirada do portal ComUM Online, projecto jornalístico do Grupo dos Alunos de Comunicação Social da Universidade do Minho.
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