Movimento com o objectivo de intervir activamente na Universidade do Minho. Pela defesa de um Ensino Superior Público democrático e de qualidade.
04 dezembro 2008
22 outubro 2008
Subiram os preços das cantinas (7.5%) e dos transportes (5.8%)!
No último dia 1 de Outubro, verificou-se um aumento de 0.15€ no preço das senhas da cantina da Universidade do Minho. Assim, neste momento, o preço das mesmas é de 2.15€, o que revela uma subida mensal de aproximadamente 6€, para um estudante que almoce e jante de segunda a sexta na universidade. Também os TUB aumentaram o preço das viagens de autocarro em 5,83%. E estes são apenas o mais recentes aumentos – este ano já fomos confrontados com a subida das propinas para 972€.
A assistência social no ensino superior foi conquistada através de muitas lutas travadas pelo movimento estudantil. Tal política visa garantir que, independentemente do rendimento familiar, todo e qualquer estudante tenha direito ao ensino. Contudo, são nos colocados obstáculos com uma regularidade surpreendente (aumento das propinas, das refeições, dos transportes): a universalização do ensino a todas as classes económico-sociais é impedida pela mesma estrutura que a devia promover.
Como tal, cerca de 2500 estudantes desistiram dos seus cursos, nos últimos dois anos, por não terem condições monetárias para pagar as propinas (o que ocorre devido ao facto de as propinas em Portugal serem superiores às da maioria dos países da UE).
Com esta evidência, seria de esperar que fossem intensificadas as políticas de assistência estudantil. No entanto, o Governo por intermédio dos SASUM continua a colocar barreiras, dificultando a democratização do acesso e a permanência no ensino superior “público”, através de uma continuada subida de preços.
Não havia dinheiro? Agora já há... para os mesmos!
Agora estamos a assistir à explosão do neoliberalismo e dos seus dogmas: a obediência ao sacrossanto mercado, a pretensa supremacia da propriedade privada, os pretensos malefícios para a economia que seria a intervenção do Estado e dos poderes públicos.
Mas a crise virá ainda com mais violência nos próximos tempos, ela abandonará as esferas do jogo especulativo e fictício das bolsas e começará a provocar estragos à nossa volta, será mais desemprego e menos poder de compra, mais dificuldades do que aquelas que já temos.
Na universidade nos últimos anos aumentaram as propinas de forma brutal, aumentaram o preço das refeições nas cantinas, dos transportes, das fotocópias, das rendas, do gás, da água, da luz, das taxas para tudo e mais alguma coisa que nos cobram na UM, sempre acompanhadas com o discurso que estávamos em crise, que não havia dinheiro, que todos tinham de contribuir, que parte desses encargos seriam para aumentar a qualidade da universidade, que a privatização (via fundações) era o caminho. Estamos sugados até ao tutano e quando os especuladores, accionistas e outros usurpadores do dinheiro ficam sem ele devido à crónica falência do mercado de capitais, acontece o milagre!
AFINAL HÁ DINHEIRO, mas só para parasitários!
Agora utilizam os poderes estatais e os dinheiros públicos (de toda a população trabalhadora, desempregados, pensionistas, etc.) para salvar os lucros dos grandes accionistas dos bancos e seguradoras, e para estes senhores continuarem a sua 'brincadeira' de comprar e vender na bolsa. Desde a falência da Lehman Brothers, os governos dos EUA e da UE correram para serem eles (com o nosso dinheiro) a pagar os prejuízos de dezenas de bancos pelo mundo fora, enquanto o ‘filet mignon’(depósitos e agências) de alguns destes foi engordar os lucros de outros grupos.
Chegou a altura de nos questionarmos sobre a legitimidade da intervenção dos poderes públicos apenas se fazer quando se trata de salvar os lucros dos patrões, dos accionistas e do ‘bom funcionamento do mercado de capitais’! Então e quando se trata de termos acesso ao ensino público, de salvar o emprego, o nível de vida dos trabalhadores, os direitos sociais, a rede hospitalar pública e os cuidados de saúde, a dignidade das reformas, em resumo o bom funcionamento da vida em sociedade, os poderes públicos não devem ser chamados a intervir na economia?
O Governo PS/Sócrates acaba de disponibilizar 20 mil milhões de euros em garantias aos bancos, ou seja, os bancos portugueses vão emprestar dinheiro ou contrair empréstimos junto de outros bancos maiores e se algo correr mal, o que é o mais provável, não há problema! O Governo pega no nosso dinheiro, que afinal abunda, e simplesmente cobre as asneiras destes e do mercado. Ora toma!
Pela nossa parte dizemos, que basta de ‘nacionalizar’ prejuízos para salvar os lucros dos que têm feito fortunas à custa do sistema, é altura de exigir que paguem a crise com o dinheiro das fortunas pessoais que têm (e que trataram de salvar, separando-as juridicamente das empresas que agora estão falidas). É altura de reflectirmos e de pensarmos que os sectores estratégicos da economia (energia, sector financeiro, ensino e saúde) não podem mais estar sujeitos à sede de lucro dos seus donos. Para subordinar estes sectores às necessidades da população, para garantir os empregos e reforçar os serviços públicos é tempo de propor a nacionalização ou não privatização destes sectores, para que não continue a ser o povo a pagar a crise.
Está na hora de exigirmos a baixa do valor das propinas, do preço das refeições e o fim de múltiplas taxas da Universidade do Minho.
Governo ladrão, tem dinheiro para banqueiros mas não tem para a Educação.
Tu prescreves?
Tendo em conta que, durante o seu sistemático ataque ao ensino superior público, o Governo tem realizado grandes cortes no financiamento dos estabelecimentos de ensino, o orçamento destes acaba por ficar fragilizado, já que dele é dependente, juntamente com a quantidade monetária proveniente dos pagamentos das propinas. Contudo, este orçamento do Estado depende, de forma incompreensível, do sucesso escolar dos alunos que frequentam o estabelecimento de ensino.
O Governo tenta, assim, fazer duas coisas: fingir combater o insucesso escolar, manipulando as estatísticas e não atacando a sua verdadeira origem, e pressionar ainda mais os alunos até à exaustão, não permitindo que a sua experiência no ensino superior seja plena num sem número de actividades extra-curriculares, que são um complemento essencial da sua realização pessoal (como exemplos, apontamos o activismo, a música, o teatro).
Por outro lado este insucesso escolar é indissociável das próprias condições periclitantes do ensino em Portugal, com um dos ratios mais baixos da união europeia de professor por aluno, falta de condições pedagógicas, não existência de materiais, propinas muito altas e uma população cada vez mais empobrecida.
Não podemos tolerar que o ensino seja tratado como uma engrenagem numa máquina de produção de mão-de-obra barata e formatada sem que haja espaço para que nos possamos cultivar enquanto indivíduos.
O ensino deve ser um espaço de aprendizagem não apenas de conteúdos académicos, mas também de experiências de vida em si, num espaço de criação e de uma cultura de espírito crítico que se desenvolve no meio circundante. Não deve ser nunca reduzido à obtenção de créditos.
É necessária uma escola superior diferente.
Podes consultar aqui o regulamento de prescrições da UM.
20 outubro 2008
Porquê ser feminista?
Ser feminista faz parte da construção humana e social!
Num tempo em que muitos o consideram obsoleto e outros vislumbram a sua acelerada expiração, saiba-se que o feminismo está ainda numa fase muito incipiente do seu trilho. Contam-se três ou mais gerações de militância feminista, mas a igualdade de género adquire contornos muito ténues nas sociedades actuais, independentemente do seu estádio de desenvolvimento.
Em todos os lugares deste planeta, as mulheres são discriminadas e exploradas no trabalho: auferem salários menores, são mais afectadas pelo desemprego, escasseiam nos lugares de decisão e têm empregos mais instáveis. Esta realidade é bem espelhada nos últimos dados estatísticos fornecidos pela EU, que mostram a "persistência de um diferencial entre as taxas de emprego, incluindo entre os jovens, e nomeadamente se tivermos em conta a maior taxa de sucesso escolar e universitário das jovens"
Como se explica que as mulheres, estando em maioria nas universidades, estejam sub-representadas nas associações de estudantes?
Importa, por isso, pensar o feminismo e as suas potencialidades, incrementando esforços na desmistificação do seu conceito e no apelo à participação masculina. Secundando Betty Friedan, o feminismo "não foi um mau gracejo" e nunca o será! Surgiu - por mãos de mulheres, mas também de homens - e pugna arduamente pela concessão e efectivação de direitos e oportunidades entre os géneros.
E não se enganem: o feminismo não é coisa de mulher, nem tão pouco uma forma de as masculinizar!
Contra ventos e marés, o feminismo expande-se, revigora-se e assume-se na contemporaneidade até que a última limalha do patriarcado seja dizimada, terminantemente!
23 setembro 2008
Famílias pagam 12% do Ensino Superior
No ano passado, os estudantes suportaram 12% dos custos totais do Ensino Superior público. Em 1995, apenas pagavam 4%. No total, os privados são responsáveis pelo financiamento de um quinto das despesas do Superior.
Em 12 anos, o montante pago pelos estudantes do superior e as suas famílias triplicou. Segundo um documento do Governo a que o JN teve acesso, o Estado suporta 80% das despesas com a educação universitária e politécnica. Os restantes 20% são assegurados pelos privados e pelos estudantes, sendo que os primeiros contribuem com 8% e os segundos com 12% do total dispendido.
Ora, comparando estes dados com os números da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) constata-se que em pouco mais de dez anos o valor pago pelos estudantes mais que triplicou. Em 1995, os alunos e as suas famílias apenas eram responsáveis por cerca de 3,5% do total das despesas do Ensino Superior. Em 2004 este valor era ainda maior: 14%.
O aumento é explicado, em parte pelo crescimento do número de alunos. Segundo a OCDE, de 1995 até 2004, verificou-se os alunos inscritos no Ensino Superior Público aumentaram 46%. Porém, no mesmo período de tempo, o financiamento só aumentou 28%.
Ainda de acordo com a mesma organização, em 2004, Portugal gastou cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no Ensino Superior, um ligeiro aumento dos 0,9% dispendidos em 1995. A média de investimento dos países da OCDE na educação superior é mis alta: 1,4%. No total, Portugal gasta 5,4% do PIB em Educação. Ou seja, 4,4% são destinados para o ensino não superior enquanto que, como já se referiu, as universidades e politécnicos apenas têm ao seu dispor 1% da riqueza produzida anualmente em Portugal.
As despesas com a Educação são um grande encargo para as famílias portuguesas que cada vez gastam mais neste departamento. Segundo um estudo do Instituto Nacional de Estatística, cada agregado familiar gasta, em média, 1,7% dos seus rendimentos enquanto que, em 1994 apenas gastava 1,3%. E, se olharmos para as famílias com crianças e jovens dependentes, este valor sobe para 2,6%. Em média, cada agregado gasta anualmente 301€ por ano em educação, sendo que 126€ são gastos no Ensino Superior.
Propinas com limite
Todos os anos, o valor máximo das propinas é revisto tendo em conta o Índice de Preços no Consumidor, excepto a habitação. Para o corrente ano, o valor máximo é de 972,14€.
Mais de 120 euros anuais
Em média, cada agregado familiar português gasta 126 euros em despesas com o Ensino Superior. Para toda a educação, cada família gasta 301 euros anuais.
Em 2005, o Orçamento de Estado dedicou ao Ensino Superior 2,1% das verbas. Em toda a Educação gastaram-se 11,4%. Em 2000 tinham-se gasto 12,6%.
Um quinto das despesas com o Ensino Superior são suportadas por entidades privadas (8%) e pelos estudantes (12%).
Universidade de Lisboa acusa governo de "comercialização do ensino"
"A maneira como o Governo condiciona a vida das universidades, sugerindo-lhes práticas desresponsabilizantes de sub-orçamentação ou, pior ainda, obrigando-as a medidas de 'comercialização' do ensino e de desqualificação do seu corpo docente não auguram nada de positivo para os próximos tempos", alerta a deliberação aprovada na reunião de 11 de Setembro.A Universidade de Lisboa viu a dotação de verbas subir abaixo do nível da inflação no Orçamento para o próximo ano, sendo uma das cinco instituições com menor aumento de verbas. "É suficientemente esclarecedor das opções tomadas pelo Governo, que prejudicam fortemente as principais universidades portuguesas, retirando-lhes condições para prosseguirem uma política de afirmação científica e pedagógica no plano internacional", diz o texto aprovado pelo Senado da UL.Em 2008, a soma das receitas das propinas com as verbas transferidas pelo Estado deu 103 milhões de euros, o que não deu sequer para cobrir os 109 milhões das despesas com o pessoal. "Entre as duas verbas há um défice anual de seis milhões que tem de ser compensado com outras receitas próprias (contratos, investigação) e com recurso a saldos, a partir de agora inexistentes. O orçamento global é praticamente esgotado com despesas fixas de pessoal. Não há qualquer instituição, universitária ou outra, que possa ser governada e gerida nestas condições", diz o Senado da UL. "No mesmo momento em que toma esta decisão, o Senado alerta para as consequências gravosas desta situação para a autonomia da Universidade e para o cumprimento da sua missão", conclui o texto aprovado.
22 junho 2008
Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas alerta para "grave situação financeira"
03 junho 2008
Ensino Superior: Sete instituições em risco de colapso financeiro vão receber cerca de 9,5 milhões até final do mês
No final de uma audiência na Comissão Parlamentar de Educação, onde hoje foi ouvido, o ministro Mariano Gago precisou que as Universidades de Évora, Algarve, Trás-os-Montes e Alto Douro e Açores vão beneficiar do reforço de verbas, assim como os Institutos Politécnicos de Bragança, Portalegre e Viana do Castelo.
"No total são cerca de 9,5 milhões de euros do orçamento do Ministério do Ensino Superior que já estava previsto atribuir em função da execução financeira das instituições. Já dei a ordem de pagamento", assegurou o ministro.
De fora ficará, para já, a Universidade da Madeira, que este ano revelou precisar de cerca de um milhão e 800 mil euros para ultrapassar a crise financeira em que se encontra.
O risco de colapso financeiro de pelo menos quatro universidades públicas foi denunciado no final de 2007 pelo presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), Seabra Santos.
O CRUP tem reivindicado desde o ano passado um reforço financeiro para todas as universidades para cobrir, pelo menos, o montante das contribuições que estas têm de fazer para a Caixa Geral de Aposentações (CGA), considerando que este encargo, atribuído pela primeira vez às universidades em 2007, "veio aumentar o problema do sub-financimento" do ensino superior.
Questionado pelos jornalistas no final da audiência na Comissão Parlamentar, o ministro afirmou que as instituições que não conseguirem pagar essas contribuições terão um reforço orçamental que não está contemplado nos 9,5 milhões de euros que serão disponibilizados ainda este mês.
"Os pagamentos à CGA serão assegurados à parte. Não entram nestas contas", explicou.
A Universidade de Évora deverá beneficiar da maior fatia de verbas extraordinárias, estando previsto que receba cerca de 2,9 milhões de euros, de acordo com Mariano Gago.
A Universidade dos Açores vai receber, por seu lado, um reforço de 1,4 milhões de euros, sendo as restantes verbas distribuídas pelas outras cinco instituições de ensino superior em risco de colapso financeiro, em partes ainda não especificadas pelo Ministério.
Lusa/Fim
19 maio 2008
Pode alguém ser quem não é?
Com a participação de:- Conceição Nogueira (Investigadora e Prof na Univ Minho)- Paulo Vieira (Activista LGBT - Assoc Não te Prives)- Sérgio Vitorino (Activista LGBT - Panteras Rosa)Dia 23 de Maio, sexta-feira, às 21:30h. Na Cooperativa Cultural Velha-a-Branca, Braga.PARTICIPA E DIVULGA!
28 abril 2008
XXIX Colóquios de RI - “Governança Ambiental: uma responsabilidade sustentável?”
O mais antigo fórum de debate sobre questões prementes das Relações Internacionais aborda o tema da Governança Ambiental. Estarão presentes académicos e especialistas nacionais de renome internacional no domínio das alterações climáticas.
AOs Colóquios são compostos por 5 painéis, distribuídos pelos dois dias, nos quais estarão presentes, entre outros oradores: - Elisa Ferreira, - Miguel Portas,- Filipe Duarte Santos, - Eduardo Oliveira Fernandes, - Nuno Lacasta,- Renato Roldão, - Henrique Schwarz
24 abril 2008
12 abril 2008
Debate dia 22 de Abril na Uminho
40 anos depois do Maio de 68. Que ensino superior?
Com a participação de Manuel Carlos Silva, Professor de Sociologia da UM, e Francisco Louçã Professor de Economia do ISEG e Deputado Parlamentar do Bloco de Esquerda. Pretende-se um espaço participativo e de discussão sobre as recentes transformações do Ensino Superior em Portugal.
07 abril 2008
Solidariedade com os povos da Palestina e do Iraque
Durante esta semana Braga será palco de diversas actividades de denúncia e protesto sobre as situações de vida no Médio Oriente, da ocupação dos EUA no Iraque e de Israel na Palestina, e das agressões cometidas nesse âmbito.
PROGRAMA
07 Abril a 15 de Abril
EXPOSIÇÃO PERMANENTE
Desenhos de crianças de escolas palestianas e fotos de jovens palestianos sobre o muro que Israel está a construir na palestina.
Taberna Subura (à beira da Sé) - Todos os dias das 20h00 às 02h00
FILME - Paradise Now (2005)
O filme retrata a amizade de dois jovens, Said (Nashef) e Khaled (Suliman), que são selecionados por um grupo palestino para realizarem um ataque suicida na capital israelense. Vencedor do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e indicado ao Oscar na mesma categoria.
Taberna Subura (à beira da Sé) - 7 de Abril, Segunda-Feira, às 22h30
DEBATE / FILME - The Iron Wall - A Muralha de Ferro (2006)
O filme retrata a ocupação da Palestina ao longo do último meio século
Café Carpe Noctem - 10 de Abril, Quinta-Feira, às 16h30
MÚSICA PELO MÉDIO ORIENTE
Concerto dos Clã e Jorge Palma, juntamente com músicos do Iraque, Wesam Ayub e Ehab Alazzawy, e da Palestina, Marwan Abado.
Theatro Circo - 10 de Abril, Quinta-Feira, às 21h30 (10 Euros)
Aparece e traz um amigo também.
Organização:
AGIR
Comitê Solidariedade com a Palestina
Tribunal Internacional do Iraque
Movimento Palestiano Stop the Wall
04 abril 2008
Mensagem dos Representantes dos Funcionários no Senado Universitário
Foi ainda excluído daquele órgão todo um vasto conjunto de docentes, titulares do grau de doutor, mas que não reúnam os requisitos para serem presidentes das unidades orgânicas/presidentes dos conselhos científicos/presidentes dos conselhos pedagógicos.
Acresce que a constituição deste órgão não contempla representantes eleitos directamente, restringindo-se os seus membros a titulares de cargos, ou seja, a membros por inerência.
Em devido tempo, e de forma reiterada, tomamos posição sobre o Senado Académico, tendo fundamentado devidamente a concepção que preconizamos, designadamente, em princípios estruturantes da gestão democrática e numa actividade interpretativa do normativo legal que prevê a criação deste órgão, enquanto instância de coesão universitária (tendo sido afastada, na Assembleia da República, a proposta governamental de mera existência de um “Conselho”, com funções científicas e pedagógicas).
A despeito disto, porém, alguns membros da Assembleia, atidos a um programa eleitoral que não perfilhava tal concepção, alheados de um sentido de convergência com outras sensibilidades e tendências no seio da mesma Assembleia, fizeram vingar a sua proposta, através da conjugação dos seus votos com os dos representantes dos estudantes.
Ora, atento o teor do aprovado, constata-se que pese embora tal posição assentar numa peculiar interpretação do conceito de “coesão universitária” - restrita a aspectos científicos e pedagógicos, destituída das vertentes culturais e disciplinares, enunciadas na lei como parte integrante da autonomia académica - o que justificaria o afastamento dos funcionários, aprovou-se, afinal, a composição de um Senado Académico, com a inclusão de figuras, tais como o Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (figura não referida em qualquer disposição dos RJIES), o Administrador (que poderá ser escolhido de entre pessoas sem vínculo à instituição) e o Presidente do Conselho Cultural.
Além do mais, tendo sido anunciado que o acento tónico desta posição derivava das competências idealizadas para o órgão, e suas comissões, o que se constata é que essas competências sequer foram devidamente definidas.
Por outro lado, no que ao Conselho de Gestão se refere, a lei estabelece que este deverá incluir necessariamente, além do Reitor, que preside, um Vice-Reitor e o Administrador, prevendo-se, ainda, num segundo preceito, a possibilidade de participação, sem direito a voto, de representantes dos estudantes e do pessoal não docente. Porém, verifica-se que a Assembleia Estatutária, aqui extravasando da cláusula legal, decidiu integrar “um estudante proposto pela Associação Académica”, como membro efectivo, e com poder de decisão.
A representação dos funcionários sequer é mencionada, aparecendo, quando muito, na bondade da interpretação, diluida na expressão indeterminada de “outros membros da comunidade académica”.
Donde, para a Assembleia Estatutária, na composição de um órgão de governo competente para a condução da gestão administrativa, patrimonial e financeira, bem como, para a gestão de recursos humanos, é (muito) mais importante o contributo do estudante indicado pela AAUM, do que a de um funcionário da Universidade. Ou seja, já não prevaleceu o disposto na lei e na nova “lógica” de tipologia e funcionamento dos órgãos, como tem sido invocado, no que à participação dos estudantes (“adaptada” para representante da AAUM), diz respeito.
E deste modo se reiterou também a menorização da participação do pessoal não docente, já expressa na votação para o Senado Académico. Desconhecendo-se qual o princípio subjacente àquela inclusão, com poderes não conferidos por lei, face à exclusão desta outra, na decisão tomada na Assembleia Estatutária.
Ora, tendo os representantes dos funcionários intervido activamente no processo de audição do Senado Universitário, e apresentado ainda à Assembleia um documento de trabalho, contendo os fundamentos da sua posição, parece ser de concluir que os mecanismos de audição, estabelecidos na lei e difundidos institucionalmente, constituem, afinal, meros exercícios de encenação, sem qualquer efeito útil.
Os representantes dos funcionários da Universidade do Minho repudiam esta manifestação de desinteresse na sua participação e contributo nos futuros órgãos da instituição, estando certos que poderiam contribuir para o enriquecimento dos mesmos.
Noutra instância, salientam, ainda, o facto de os seus direitos e interesses estarem a ser fortemente penalizados, nos últimos anos, com particular incidência na desigualdade de tratamento que têm sofrido (designadamente face aos funcionários docentes) na abertura de concursos de progressão nas suas carreiras, “congeladas” há cerca de quatro anos, sendo, assim, as primeiras vítimas, e alvo privilegiado das políticas de contenção e saneamento financeiro da Universidade do Minho, que neste particular “antecipou” qualquer recomendação da tutela. E evidenciam, ainda, a ausência de critérios uniformes para a avaliação do desempenho, aliada a um completo desconhecimento, na atribuição do reconhecimento da menção de “Excelente”, de uma qualquer caracterização dos respectivos fundamentos, com expressão relevante e efectiva no contexto dos serviços.
Pese embora tal situação, os Representantes dos funcionários continuarão a respeitar o mandato que lhes foi conferido pelos seus pares, colaborando activamente no processo de audição para a elaboração dos novos Estatutos da Universidade do Minho, com o sentido de responsabilidade e empenhamento institucional que os tem movido.
Braga, 3 de Abril de 2008
Os Representantes dos Funcionários não Docentes da Universidade do Minho
Mariano Gago desconhece desemprego nos licenciados
Reagindo ao estudo da OCDE sobre a evolução do Ensino Superior, e que conclui que o investimento português no sector caiu a pique entre 1995 e 2004, o ministro Mariano Gago disse que “quase não há desemprego entre licenciados”, ignorando os números oficiais que dizem que o desemprego entre os licenciados duplicou nos últimos cinco anos, e que hoje são já 60 mil licenciados no desemprego.
Entre 1995 e 2004, o desinvestimento do Estado português no Ensino Superior foi dos maiores entre os 24 países da OCDE. O aumento da procura não foi acompanhado do aumento do dinheiro investido e quem pagou a diferença foram os estudantes e as famílias, através das propinas. O estudo da OCDE diz ainda que Portugal é dos países onde as desigualdades socioeconómicas mais se fazem sentir no acesso ao Ensino Superior.
Estes dados vêm dar razão aos protestos dos estudantes, que sempre acusaram os sucessivos governos de utilizarem as receitas das propinas para taparem o "buraco" orçamental no Ensino Superior, ao invés de aumentar a qualidade do ensino.
A reacção do ministro Mariano Gago foi a de desvalorizar estas conclusões. "Verifica-se que, se é que o financiamento público decresceu ligeiramente em Portugal na última década, também aumentou significativamente a possibilidade de as instituições do ensino superior atraírem investimentos privados, coisa que não acontecia em Portugal há uma década atrás", disse o ministro do Ensino Superior.
Em declarações à Rádio Renascença, Mariano Gago disse mesmo que " “quase não há desemprego entre licenciados”. Para o ministro, “o número de profissionais que sai dos cursos superiores todos os anos para o mercado de trabalho não chega e são todos absorvidos pelo mercado”.
Mas as palavras de Mariano Gago não têm correspondência na realidade dos números do desemprego: o Instituto Nacional de Estatística diz que o desemprego entre os licenciados duplicou nos últimos cinco anos, e que hoje são já 60 mil licenciados no desemprego.
31 março 2008
Três docentes em greve na UBI a partir de segunda-feira
Trata-se do segundo pré-aviso de greve emitido este semestre. O primeiro acabou por ser anulado “quando o reitor, perante uma reunião com alunos e docentes do departamento, admitiu receber o sindicato no dia 12 de Março, o que não se veio a concretizar”.
No comunicado, distribuído esta semana, o SNES reitera a disponibilidade “para alcançar um entendimento” tendo comunicado a sua intenção à Associação Académica da Universidade da Beira Interior na falta de respostas por parte da reitoria. Segundo o SNES, o objectivo é “discutir um conjunto de pontos” não especificado com a reitoria, “de forma a evitar que os conflitos ocorridos se repitam” no próximo ano lectivo.
“Os trabalhadores aderentes à greve manter-se-ão nas instalações da UBI nas horas de aulas abrangidas pela greve para cumprimento de serviços mínimos ligados à segurança das instalações e do material e para apoio aos alunos”, acrescenta o SNES.
Contactado pelo Diário XXI, o Reitor da UBI confirma a existência de uma reunião com os três docentes, entre os quais a delegada sindical, e os alunos na sala do Senado no início de Março mas nega que tenha prometido receber a direcção do SNES. Manuel Santos Silva lembra que o Sindicato interpôs cerca de uma dezena de acções judiciais contra a UBI sublinhando que não lhe compete a ele retirar processos judiciais e disciplinares em curso. “Os processos disciplinares têm instrutores nomeados e quanto aos processos os advogados de ambas as partes devem entender-se”, afirma o reitor.
“MAIS PREOCUPADO COM OS ALUNOS”
Mais preocupado com os alunos do que com o conflito com o SNES, Manuel Santos Silva adianta que foram convidados a frequentar disciplinas adequadas ao Processo de Bolonha e a apresentarem projectos garantindo a UBI o respectivo acompanhamento. Na próxima segunda-feira, Manuel Santos Silva e os responsáveis pelo Departamento farão a avaliação da situação quanto ao número de inscritos nas cadeiras adequadas a Bolonha do primeiro e segundo ciclo e dos projectos apresentados pelos alunos.
http://www.diarioxxi.com/?lop=artigo&op=d645920e395fedad7bbbed0eca3fe2e0&id=d269d2879d38da48991e43c3d3b66664
20 março 2008
Manfiestações em Barcelona e Andaluzia contra o Processo de Bolonha
The last 6th Mars took place demonstrations in Catalonia, organizated by the PMDUP [Plataforma Mobilitzadora en Defensa de la Universitat Pública], and in Andalussia, organizated by the Andalusian Student Coordination [photo gallery].
Biggest demonstrations took place in Seville (3.000 students in the streets) and Barcelona (with almost 10.000). In Barcelona it was a big success even if the police acted hardly against the demonstrators. In Seville there was also a strike of 24 hours and the students slept in the faculties the day before.
The organizations in Seville call for a european coordination of the fight against this privatization process and used as an example the victories of the Greek student movement against Bologna in the past.
http://www.europeanstudentforum.org/spip.php?article72
06 março 2008
27 fevereiro 2008
Professor sofre pressão para retirar blogue - Mais um caso de Censura na UM
Foi com esta notícia que o "Comum", jornal dos alunos do curso de Ciências Comunicação daquela unidade de ensino, que passa a ter uma periodicidade semanal, inaugurou anteontem sua edição em papel. No suporte online este jornal já existe desde 2005. O docente universitário explica, em entrevista ao "Comum", que a direcção do departamento considerava desprestigiante a imagem que os blogues forneciam dele próprio, do departamento e, acima de tudo, da universidade.O autor dos blogues "Dissidências" e "DissidênciasTV", que também continha vídeos de "sketches"por ele produzidos, alojados no portal do semanário "Sol", acrescenta ainda que os seus superiores justificaram a pressão por acharem que os assuntos tratados não representavam o que o departamento pensa, nem a sua profissão. Disseram-lhe, conta " Um professor universitário não pode ser escritor criativo nem humorista".
Daniel Luís revela que "foi proibido de participar em eventos ligados ao humor, apesar dos blogues serem um hobbie". O acatar da decisão é justificado pelo receio de perder o emprego.Segundo apurou o JN, o reitor da Universidade não se pronunciou ontem sobre a manchete do "Comum".
Ainda assim, Guimarães Rodrigues esclarece que essa é uma decisão da direcção do departamento e que a reitoria nunca foi chamada a intervir ou a tomar uma posição sobre o assunto.
http://jn.sapo.pt/2008/02/27/televisao/professor_sofrepressao_para_retirar_.html
http://sol.sapo.pt/blogs/dissidencias/
17 fevereiro 2008
UM não garante remunerações até final do ano
O reitor da Universidade do Minho (UM), António Guimarães Rodrigues, reiterou hoje a possibilidade de a universidade não garantir cerca de 70 por cento dos encargos com o subsídio de Natal. Na apresentação do relatório de actividades da UM relativo a 2007, Guimarães Rodrigues queixou-se do aumento da contribuição da UM para a Caixa Geral de Aposentações e do não cumprimento do Governo face ao peso que devia representar no orçamento para este ano.
As contas da UM traçam um cenário negro para 2008. Imagem: UM
Se as projecções da reitoria para o orçamento de 2008 estiverem certas, cerca de 70 por cento dos docentes e funcionários não vai receber o subsídio de Natal. Porém, a fazer fé nas palavras de Guimarães Rodrigues, "o cenário pode ser pior".Quanto às causas que levaram à insustentabilidade financeira da UM até final do ano, Guimarães Rodrigues apontou o dedo à contribuição da UM para a Caixa Geral de Aposentações, que este ano foi de 11 por cento (mais 3,5 pontos percentuais que no ano anterior), facto que não foi pesado no orçamento deste ano.Além disso, o Orçamento do Estado de 2008 transferido para a UM ficou aquém do esperado: as contas apontavam para um aumento de quase 12 por cento, traduzido em 6,7 milhões de euros; porém esse aumento ficou-se pelos 2,5 por cento, ou seja, cerca de 1,5 milhões de euros. Os cinco milhões deduzidos ao orçamento da academia minhota destinaram-se ao acordo de saneamento e coesão, que garante a sustentabilidade das instituições de ensino superior públicas.A juntar a esta subtracção nas contas do orçamento entram os cerca de 4,5 milhões de euros da UM, de garantia à componente nacional dos investimentos nos edifícios em construção, em 2007.Por tudo isto, Guimarães Rodrigues alerta: "Estão a hipotecar o futuro".
14/02/2008Alberto Miguel Teixeira in http://www.comumonline.com/index.php?option=com_content&task=view&id=649&Itemid=78
07 janeiro 2008
Fundação ou afundação?
1. A vontade política do governo PS é que todas as universidades passem a fundações.
2. Perversamente, o processo começou ainda antes de as universidades tomarem democraticamente as suas decisões quanto a isto. Como? Exigindo que as assembleias estatutárias incluíssem membros cooptados, “personalidades” de reconhecido “mérito” da “sociedade civil”.
3. Sob a capa da “abertura” à dita sociedade civil duas coisas são feitas: insinuar que as universidades são corporações fechadas; e lançar a ilusão de que os membros cooptados são a forma de as abrir. De permeio foi-se insinuando que as universidades portuguesas, com o sistema fundacional, passariam a ser como as americana. É não saber nada sobre as histórias e as sociedades dos respectivos países…
4. Nem todas as universidades são “fechadas” e mesmo as que o são não o são mais do que muitas instituições de outro tipo. Aliás, a especificidade positiva portuguesa tem sido a gestão democrática das universidades. Todos os cargos são eleitos; é normal haver várias listas; ninguém se eterniza no poder. É isto que o governo quer matar.
5. Os membros cooptados, por muito respeitáveis que possam ser, não “abrem” coisa nenhuma. A sua representatividade democrática é nula, e nem sequer representam organicamente instituições de algum modo ligadas ao âmbito das universidades como, por exemplo, as câmaras municipais da zona de influência ou algo assim. Logo aqui, nesta fórmula de inclusão dos cooptados, a gestão democrática levou uma machadada.
6.Daí ser natural desconfiar de que o que está em causa seja a vontade de empresarializar as universidades (no panorama da gestão PS, gato escaldado de água fria tem medo). Toda a gente sabe que as empresas não são (nem têm que ser) democráticas. Toda a gente sabe que o seu desígnio é o lucro. E toda a gente já percebeu que os partidários da política do governo propõem para cooptação as “personalidades” ligadas ao meio político “certo” e/ou ao meio empresarial.
7. Deve, no entanto, tudo ficar na mesma? Não. A falácia do governo e dos seus aliados nalgumas universidades é a de fazer crer que esta mudança é urgente para combater o atavismo, o corporativismo, o fechamento. Ora, mesmo quando ele existe, há outras maneiras de o ultrapassar. Não é por não haver fundações que raramente se renovou o pessoal docente (coisa que sempre defendi, equilibrando a importância de ter seniores de carreira longa, pois detêm experiência e conhecimento - numa actividade muito específica como é a ciência - renovando ao mesmo tempo o pessoal júnior, para trazer ideias frescas). O governo nunca mudou nada de substancial quer no sistema de financiamento, quer no estatuto da carreira docente - aliás, todas as mudanças destes anos, de Bolonha até este Regime Jurídico, se fez na ausência de qualquer alteração do estatuto da carreira docente universitária. O governo transforma assim a sua própria impotência ou falta de vontade política na justificação para uma mudança que poderá consistir no abandono da universidade como serviço público e, sim, tendencialmente gratuito. Um absurdo.
8. O ISCTE é um exemplo de como, no meio do atavismo que o governo e os seus aliados invocam (repito: infelizmente com razão no caso de algumas faculdades, essas sim ligadas a verdadeiras corporações profissionais…), se podem fazer mudanças: dinamizando e autonomizando a investigação, criando interdisciplinaridade, mantendo a democracia interna, promovendo uma cultura não ritualista e de informalidade, fazendo consórcios com empresas e instituições, internacionalizando, etc, etc. Foi, aliás, para gerar esse tipo de mudança que o ISCTE foi criado, e no seio do sistema público. O que falta verdadeiramente é renovar o pessoal docente e garantir financiamento. Só a fundação permite isso? Não sei, até porque não sabemos o que é uma fundação embora nos peçam para decidirmos (e favoravelmente, e à pressa, e sob pressão) sobre isso. Mas gostaria que se pensasse em alternativas que possam:
a) garantir que não se avança para uma privatização, mais ou menos encapotada: geradora de precariedade laboral; com lógica de lucro; transformando a universidade num politécnico de formação profissional, com uma lógica casuística de fornecimento temporário de especialistas para um mercado de trabalho que muda sistematicamente; sem garantir formação humana, científica e cultural de base alargada, sustentável e adaptável às mudanças; e acabando, é claro, com o conhecimento e a investigação fundamentais quer nas ciências quer, sobretudo, nas ciências sociais, humanidades, e artes.
b) garantir que se mantém a gestão democrática e uma visão do ensino superior como serviço público e base para a sustentabilidade de uma sociedade que preza e valoriza o conhecimento e a cultura.
Nalgumas universidades, sobretudo aquelas onde o espírito democrático está mais vivo e as ideias são manifestadas com mais liberdade (justamente porque souberam inovar a universidade do século XIX), a divisão é clara. Mas não se trata de uma divisão entre pró-fundação e contra-fundação. Corrijo: trata-se de uma divisão entre pró-fundação, sim (whatever it means, mas sabendo que corresponde, pelo menos, ao interesse em cumprir os desígnios do governo, avançando já para o novo modelo no 10 de Janeiro previsto na lei), e quem não quer avançar sem primeiro ser convencido por estudos e argumentos racionais sobre os benefícios do modelo fundacional e com garantias de manutenção do fundamental: a universidade como serviço público, como espaço de conhecimento livre, e gerida democraticamente.
texto
Miguel Vale de Almeida